BNCC



Em dezembro de 2017, foi homologada a Base Nacional Comum Curricular - BNCC, da Educação Infantil e do Ensino Fundamental. A BNCC do Ensino Médio será aprovada ainda em 2017. A BNCC é um documento de caráter normativo que define o conjunto progressivo de aprendizagens essenciais que todos os estudantes devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica. Diante da homologação, começamos um importante capítulo para a Educação em Minas Gerais. Iniciamos agora a implementação da BNCC. O primeiro passo para sua implementação será a elaboração de um currículo para as escolas de Minas Gerais, buscando respeitar nossa diversidade regional, histórica, social e política. Esse currículo, por sua vez, será norteador para professores, diretores, especialistas e outros profissionais da educação na reelaboração dos Planos Pedagógicos de suas escolas. Para isso, é importante que todos esses atores se mobilizem e participem do processo de discussão da BNCC e da elaboração do currículo do nosso Estado. 
Dessa forma a escola reuniu os profissionais e conduziu as discussões sobre o tema, muito polêmico, pois alguns professores não concordam com a implementação da nova BNCC, entretanto, não apresentaram novas soluções. Foi esclarecido que uma diretriz mais clara é essencial para melhorar a qualidade do ensino, principalmente na escola onde os dados oficiais das avaliações externas não são animadores.
 
LINHA DO TEMPO
Junho de 2015:
O Ministério da Educação (MEC) anuncia a construção de uma Base Nacional Comum Curricular que servirá para nortear os currículos das escolas de todo país.

Setembro de 2015:
Especialistas de 35 universidades elaboram uma versão preliminar do documento. No mesmo mês foi aberta uma consulta pública sobre o texto, que foi encerrada em março de 2016, com cerca de 12 milhões de contribuições.

Maio de 2016:
É divulgada a 2ª versão da Base e contribuições são incorporadas ao texto. Também foram ajustadas, principalmente, História e Língua Portuguesa

Junho de 2016:
De junho a agosto, o MEC realiza seminários estaduais para discutir a segunda versão do texto.

Abril de 2017:
O MEC divulga o que era para ser a 3ª e última versão da BNCC da educação infantil e do ensino fundamental e encaminha o texto para o CNE. A Base para o Ensino Médio, que também deveria ter sido divulgada, não ficou pronta. Esse documento só deverá ser divulgado em 2018.

Dezembro de 2017
CNE aprova o texto da Base Nacional Comum. O pleno do Conselho é composto por 24 membros. O texto da BNCC foi aprovado com 19 votos a favor e 3 contra. O presidente do CNE, Eduardo Deschamps, fez um voto simbólico e um dos conselheiros estava ausente por motivos de saúde.
  
QUESTÕES RELEVANTES

- O que é BNCC?



2 Com a BNCC em vigor os PCNs e as DCNs serão considerados ultrapassados?

O que são competências gerais da BNCC?

4 O Ensino Religioso esteve presente na BNCC desde o seu início?

5 Como deverá ser o Ensino Religioso nas escolas?

6 Como ficarão as avaliações externas?

7 Qual o prazo máximo para a implementação da BNCC?

8 Qual a mudança ocorrida na oferta do conteúdo de Língua Inglesa?

9 Qual a mudança ocorrida no conteúdo de História?

   O que houve de mudança em relação à alfabetização?

  Quais as habilidade relacionadas às novas tecnologias deverão ser incluídas no conteúdo de Língua Portuguesa?

   Como ficou a questão da Orientação Sexual e Gênero na BNCC?



COMPETÊNCIAS GERAIS

Base Nacional Comum Curricular
1.   CONHECIMENTO
DE
Valorizar e utilizar os conhecimentos sobre o mundo físico, social, cultural e digital
PARA
Entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar com a sociedade

2 PENSAMENTO CIENTÍFICO, CRÍTICO E CRIATIVO

DE
Exercitar a curiosidade intelectual e utilizar as ciências com criticidade e criatividade
PARA
Investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções
3.   REPERTÓRIO CULTURAL
DE
Valorizar as diversas manifestações artísticas e culturais
PARA
Fruir e participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural
4.   COMUNICAÇÃO
DE
Utilizar diferentes linguagens
PARA
Expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias, sentimentos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
5.   CULTURA DIGITAL
DE
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de forma crítica significativa e ética
PARA
Comunicar-se, acessar e produzir informações, conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria
6.   TRABALHO E PROJETO DE VIDA
DE
Valorizar e apropriar-se de conhecimentos e experiências
PARA
Entender o mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas à cidadania e ao seu projeto de vida com liberdade, autonomia, criticidade e responsabilidade
7.   ARGUMENTAÇÃO
DE
Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis
PARA
Formular, negociar e defender ideias, pontos de vista, e decisões comuns, com base em direitos humanos, consciência socioambiental, consumo responsável e ética
8.   AUTOCONHECIMENTO E AUTO CUIDADO
DE
Conhecer-se, compreender-se na diversidade humana e apreciar-se
PARA
Cuidar de sua saúde física e emocional, reconhecendo suas emoções e a dos outros com autocrítica e capacidade para lidar com elas
9.   EMPATIA E COOPERAÇÃO
DE
Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação
PARA
Fazer-se respeitar e promover o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade, sem preconceitos de qualquer natureza
10.            RESPONSABILIDADE E CIDADANIA
DE
Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação
PARA
Tomar decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.



      COM O PROPÓSITO DE: Contribuir para a construção de uma sociedade mais ética, democrática.
 
  REFLEXÕES DOS PROFISSIONAIS SOBRE O TEMA

ROTEIRO 1- REFLEXÕES

1.1.  Como gostaríamos que fossem as pessoas de nosso município daqui 20 anos?
Gostaríamos que fossem cidadãos mais tolerantes, pensassem nas questões ambientais com mais responsabilidade e engajamento. Que respeitassem e valorizassem a diversidade em todas as suas manifestações. Que houvesse mais honestidade de todas as pessoas, especialmente dos políticos.


ROTEIRO 1- REFLEXÕES
1.2.  O que devemos proporcionar hoje aos jovens e crianças para cheguem a ser esses cidadãos que queremos?
      Apresentar as áreas do conhecimento de uma maneira atrativa para que ele possa se identificar, ter interesse e se motivar.
      Criar condições, nas escolas, que permitam aos nossos jovens terem  oportunidades para vivenciarem , opinarem, apreciarem e serem apreciados.
       Permitir ao jovem compreender que a opinião do outro também possui valor e que a diversidade de ideias só tem a acrescentar no processo de conhecimento, autoconhecimento e crescimento.


ROTEIRO 1- REFLEXÕES
1.3.  Como a BNCC, no contexto da escola, pode ajudar na formação integral dos cidadãos e da sociedade que queremos?
A BNCC desperta a curiosidade intelectual do educando para resolver problemas com base nos conhecimentos adquiridos e na valorização e respeito aos direitos humanos. O aprendizado se torna significativo proporcionando a formação humana integral do educando. Assim, com a definição dos conteúdos essenciais a equidade servirá de base para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 



ROTEIRO 2- COMPONENTES
2.1. Em que medida o currículo atual atende às necessidades das crianças e jovens?
O currículo atual, quanto ao conteúdo escolar atende às necessidades das crianças e jovens. Acreditamos que o conteúdo por si próprio não faz muita mudança. As transformações na Educação com impacto na sociedade e na vida pessoal dos indivíduos são nas mudanças metodológicas de trabalho em sala de aula. O currículo, no seu aspecto geral atende a necessidade, não mudaria aspectos do currículo atual. A implantação da BNCC sem um processo de formação contínua para os professores, especialistas e direção , dentro dos novos paradigmas da educação, não irá mudar o quadro atual.


ROTEIRO 2- COMPONENTES
2.2. Ao analisar os resultados das avaliações internas e externas da nossa escola, o que chama mais atenção? Proficiência em Língua Portuguesa? Matemática? Em outros componentes? Os indicadores de fluxo? Como abordar essas questões no novo Currículo?
Sobre as avaliações externas, observamos, o desempenho muito aquém do esperado . Acreditamos que o desempenho real dos alunos não se reflete neste resultado oficial, visto que, ao concluírem o Ensino Médio conseguem entrar numa faculdade e terem bom desempenho, além de se colocarem no mercado de trabalho. Apesar da conscientização, acreditamos que os alunos não levam muito a sério a avaliação externa. A evasão concentra-se mais no turno noturno. Ações integradas entre escola e Vara da Infância e da Juventude têm contribuído para manter os alunos na escola. Acreditamos que, com um currículo mais inclusivo, com metodologias diversificadas e vivência de valores a escola tenderá a ser um lugar agradável que será buscado pelos jovens. Em nossa escola, devido ao trabalho realizado, isso já vem acontecendo.




ROTEIRO 2- COMPONENTES
2.3. O que muda, com a implementação da BNCC, no componente que eu ensino?
A implementação da BNCC muda a forma dos professores lidarem com todo o processo ensino-aprendizagem, exercitando curiosidade intelectual, utilizando as TICs, valorização da diversidade humana, a empatia, o diálogo, trabalho com informações confiáveis, valorização de conhecimentos e experiências. Mas para que isso, de fato, seja uma mudança efetiva, é preciso um aprendizado contínuo por parte do corpo docente.


ROTEIRO 2- COMPONENTES
2.4. Como inserir as 10 competências voltadas ao desenvolvimento humano integral no dia a dia do ensino de cada etapa/área de conhecimento?
Através de aulas criativas e diferenciadas aproveitando as múltiplas inteligências e potencialidades dos alunos, despertando o interesse e o gosto pela aprendizagem.




ROTEIRO 3- TEMÁTICAS
3.1. Como nossos estudantes agem hoje em relação à diversidade? Nas relações étnico raciais, com outros estudantes com necessidades especiais, com diversidade de gênero, orientações sexuais, identidade social e religiosa? Como gostaríamos que eles agissem?
Geralmente eles agem de maneira excludente, não respeitam, praticam bulling e inclusive há uma desvalorização étnico-racial. Gostaríamos que agissem com respeito a si mesmo e ao outro, ética, sem preconceitos e que reconhecessem as diversidades e liberdade de escolha. Nossa escola já vem fazendo esse trabalho que está apresentando bons resultados em relação à convivência entre os diferentes. Casos de bulling e violência tem sido muito raros.




ROTEIRO 3- TEMÁTICAS
3.2. E nossos professores? Como eles lidam com estas diferenças em sala de aula?
Os professores de nossa Escola respeitam essas diversidades tentando sempre orientar da melhor maneira possível os alunos para que essas diferenças não causem maiores conflitos e todos possam agir com respeito e sem preconceitos.
Os professores trabalham com ética, respeito para promover uma educação de qualidade e de valores sociais. Trabalham com projetos, abordando  variados temas sociais incentivando o protagonismo e autonomia dos alunos . Ressaltamos que os professores precisam também melhorar a aceitação do aluno que foge à regra, que é diferente.


ROTEIRO 3- TEMÁTICAS
3.3. Como estas questões poderiam ser trabalhadas no novo currículo e em sala de aula? Que tipo de apoio os professores buscam para trabalhar estes desafios?
Através dos temas transversais e na sala de aula de forma interdisciplinar, com projetos envolvendo toda a escola, palestras, estudo de caso, debates, teatro, música. Os professores precisam contar com o apoio da gestão que precisa ser democrática e estar comprometida com as competências gerais da BNCC. Precisarão também de recursos para desenvolver projetos.



ROTEIRO 3- TEMÁTICAS
3.4. Como a história cultural e dinâmica da nossa região poderiam influenciar nosso currículo? Caso a escola seja do campo, quilombola ou indígena, quais conhecimentos e práticas não são abordados na BNCC? Como poderiam ser incluídos?
Cataguases é conhecida por suas obras e monumentos do Modernismo e também por ser o berço do cinema nacional. É uma cidade com muitas indústrias. Esses aspectos poderiam ser incluídos no currículo como forma de valorizar a cultura e tradições locais.





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