CURSO: ITINERÁRIOS AVALIATIVOS DE MINAS GERAIS
ITINERÁRIO 1 - PREPARAÇÃO
PONTO DE PARTIDA
Desde 2008 à frente do trabalho na Escola Estadual
Santo Amaro, a gestora Joana e a Especialista em Educação Básica Flávia recebem
anualmente os resultados da avaliação externa de sua escola. Acessam os dados
no sistema
Online e
distribuem os boletins de resultados a todos os professores, a fim de se
certificarem de que cada um recebeu o seu. “A avaliação externa é uma realidade
no Brasil e nosso estado já possui uma longa tradição em avaliar.
Não há por que perdermos tempo criticando suas
possíveis falhas e limitações”, é o que pensam Flávia e Joana. Por isso, fazem
questão de se envolverem com os dados e, após toda divulgação de resultados,
organizam uma reunião com o corpo docente da escola. Na reunião, elas
apresentam a situação geral da escola e os professores têm a oportunidade de
opinar sobre suas áreas específicas. Para elas, essa reunião ajuda os
profissionais a reavaliarem o seu trabalho e aperfeiçoarem as técnicas de
ensino.
Quando Marcos, Analista Educacional da
Superintendência Regional de Ensino, visitou a escola e apresentou para Joana e
Flávia um novo projeto para análise dos dados de avaliações externas, que
incluía novas ferramentas de gestão e monitoramento do ensino e da aprendizagem,
elas logo imaginaram que estariam ou “chovendo no molhado”, ou formalizando
algo que já era feito. “Nós já trabalhamos com os dados. Todos aqui dentro têm
acesso aos resultados. E temos feito progressos: veja como a proficiência da
nossa escola evoluiu nos últimos anos!”, disse Joana.
Marcos estava ciente de que, na Santo Amaro, ele
era um agente externo e que qualquer intervenção sua seria encarada com certa
resistência. O profissional sabia que precisava estar munido de informações e
conhecimentos que o ajudassem a romper essa barreira inicial.
“Vocês já trabalham com os dados, e isso é
realmente um ótimo começo”, respondeu Marcos, enquanto tirava alguns documentos
de sua pasta. “Mas vejam só: a escola de vocês tem vários estudantes dentro do
nível avançado de proficiência. Contudo, há um grupo numeroso no Padrão de
Desempenho Baixo. A escola realmente subiu pontos consideráveis nos últimos anos,
mas quem subiu foram apenas esses primeiros estudantes, que já se encontravam
em níveis mais avançados. Já os outros, continuaram sem aprender”.
Joana, Flávia e os professores sabiam que a escola
realmente possuía um grupo de estudantes bem abaixo da média, e em grande parte
eram estudantes de baixa renda. A explicação era sempre a de que se tratava de
um problema social, não pedagógico, sobre o qual a escola teria pouco controle.
A informação não era novidade, mas os dados tiveram um impacto diferente em
Flávia. “É como você sempre saber que vive em uma sociedade injusta, mas em
certo momento ser confrontado com uma imagem forte dessa injustiça, que o
desestabiliza”, confidenciou a Especialista.
Os dados revelaram a situação de forma objetiva e inquestionável:
a escola era uma escola desigual. Mas o que a diretora poderia fazer a partir
disso? Com a ajuda de uma especialista, seria capaz de mobilizar e sensibilizar
o corpo docente para o problema? E, caso conseguisse, isso já seria o bastante?
QUESTÕES PARA SEREM DISCUTIDAS EM GRUPO
1-
Como a escola se apropria dos dados das
Avaliações Externas?
2-
Existe questionamentos sobre suas possíveis
falhas e limitações. Em caso positivo, quais?
3-
A escola tem melhorado o seu nível de
proficiência nos últimos anos?
4-
O que a escola tem feito para os alunos que se
encontram no Padrão de Baixo Desempenho?
Aos realizarmos a primeira etapa do curso, tivemos discussões bastante acaloradas sobre as Avaliações Externas e observamos que os professores de Língua Portuguesa e Matemática sentem sobre eles o peso dos resultados, enquanto professores de outras áreas acreditam que seus conteúdos não são reconhecidos como "importantes" neste processo. Em vista dessas discussões procuramos lançar mão das Matrizes de Referência de Língua Portuguesa e Matemática para um estudo onde cada conteúdo pode se encaixar nos descritores objetos da avaliação externa. Utilizamos também a Matriz de Referência do ENEM onde todas as áreas do conhecimento estão especificadas com suas competências e Habilidades. Lançamos mão também de um trabalho realizado pelas equipes da SEE / PIP Anos Finais, onde foram elaboradas as Matrizes de Referência de História, Geografia, Ciências, Inglês e Artes
MATRIZES DE REFERÊNCIA HISTÓRIA, GEOGRAFIA, CIÊNCIAS, INGLÊS E ARTE
MATRIZ DE REFERÊNCIA LÍNGUA PORTUGUESA
MATRIZ DE REFERÊNCIA MATEMÁTICA
MATRIZ DE REFERÊNCIA DO ENEM
Acreditamos que após este trabalho TODOS os professores se sentirão mais envolvidos no processo de Avaliação Externa e se comprometerão em buscar melhores resultados, através de uma prática voltada para um currículo vivo e dinâmico,
Olá teria como enviar os itinerários 15 e 16?
ResponderExcluirEste comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluir